quinta-feira, 31 de março de 2011

Simplismente amor

 Ela amava tudo nele; os defeitos e as qualidades. Amava o cheiro de cigarro em suas roupas; amava o gosto de pasta de dente quando ele a beijava; amava o seu cheiro de loção pós-barba; amava seu jeito largado e desprendido; amava a voz rouca dele ao telefone; amava o abraço forte dele; amava quando ele fazia café pra ela; amava quando ele a acordava dizendo baixinho que a amava. Ela o amava tanto, que mal podia suportar o ver andando na direção contrária a dela, após uma briguinha boba. Odiava ter que o ver partir, só podendo ver suas costas largas e não mais seu sorriso desajeitado. Odiava tanto o ver partir, que correu mais rápido do que pensou que suas pernas suportavam; correu e implorou para que ele a tomasse em seus braços novamente. O que ela não sabia, é que ele também amava tudo nela e também odiava ter que partir, mas se olhasse pra trás sabia que não aguentaria e correria para tomá-la como sua mais uma vez, talvez, mais muitas vezes. Ou quem sabe, pela eternidade inteira.

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